Todos os dias, rocha sobe ladeira, rocha desce ladeira, em um movimento cíclico e sofrido. Zeus condenou o mais astuto de todos os mortais a um trabalho penoso e repetitivo, onde não existe um sentido para o esforço de Sísifo, que se perdeu nos automatismos do dia a dia.

De uma certa maneira, cada um de nós assumimos a perspectiva estereotipada de Sísifo: vivemos uma vida que nos foi imposta, tantas vezes sem sentido e muitas vezes não havendo espaço para questionamentos acerca da nossa existência: “para onde estamos indo”, “porque e para que de tudo o que fazemos”, “porque tanta pressa”. Muitas vezes vivendo as estereotipias que nos foram jogadas e por nós internalizadas inconscientemente.

Sem tantos questionamentos, prosseguimos sem nos percebermos como parte da finitude da vida e tal como Sísifo procuramos enganar a própria morte. Enquanto isto, o quadrante solar subtrai cadencialmente o contar das luas, escorrendo entre os dedos naquilo que insiste em prosseguir em nossa própria ambiguidade.

Enquanto engessados, perseguimos nossas utopias robotizados com dias contados, em meio a tanta inutilidade, precisamos dar espaço à criatividade da dança da vida e do calor da esperança. O sol está se pondo, as flores estão desabrochando, a chuva caindo, o milagre da vida acontecendo.

Reflexão transmutativa:

Precisamos abraçar, sentir aconchego, amor e ternura, pois somos feitos de afeto. Precisamos sentir a natureza, pois fazemos parte dela. Necessitamos de sonhos; sonhos nossos. Não precisamos viver fadados a uma gangorra medíocre que nos oferece a ração miníma para nos mantermos condicionados na satisfação de propósitos que sequer são nossos, devaneios que não nos alimentam, que não fazem a vida valer a pena e que não nos oferecem sentido. Viva uma vida de plenitude, consciente de quem você é e de suas escolhas. Viva sua metamorfose e defina quem quer ser e o que quer fazer neste mundo. Apodere-se do seu bem mais precioso: a sua vida.

Abraços transmutadores,

Soraya

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