Durante nossa existência temos duas escolhas: escrevermos a estória que queremos para nós ou sermos simples espectadores de um cenário que indiretamente é também escolhido por nós. Temos que ser mais ativos diante da vida. Chegou a hora de escrever sua estória de próprio punho e ter a vida que sempre sonhou sem responsabilizar a ninguém, somente a si mesmo.
Podemos ter muitas vidas em uma única vida.
E temos.
Durante nossa existência, sofremos inúmeras transmutações, perdas, conquistas e ganhos que foram formando a nossa personalidade, construindo o que somos hoje. Nossa criança se desenvolveu, e então, dizemos adeus ao corpo infantil e as brincadeiras, para dar espaço ao adolescente com suas mudanças e novas adaptações, recriando assim um mundo novo e um outro olhar mais adaptado diante das exigências daquele contexto.
Lutamos e enlutamos.
Saimos da primavera dos sonhos infantis para o verão cálido da adolescência desafiadora. Esta fase, é pura efervescência, êxtase e mistério. Acreditamos que tudo podemos; Sonhamos, empreendemos, buscamos, experimentamos, nos iludimos; enlutamos nossos “pais-heróis”, questionamos o sistema e buscamos construir um espaço no mundo a partir de nossas convicções.
De repente, aquele tempo adolescente passa, sem sentirmos, sem querermos, sem nos darmos conta; Em um piscar de olhos, assim como passam as estações do ano, a vida passa… E então, entra em cena o nosso adulto, com novas propostas, responsabilidades, desenvolvendo seus papéis sociais (ou nao), tendo seus conflitos e interesses próprios do “outono da vida”.
E ai, Envelhecemos.
E com a velhice, chega o inverno, um tanto sombrio, porém tranquilo. Gélido, mas acolhedor. Momento de grandes reflexões, de viver recordações; mas também de atividades muito significativas e não menos propiciadoras ao crescimento interno e evolução do ser. No entanto, o mais importante que quero dizer é que entre as quatro estações da vida temos duas escolhas: podemos escrever a estória que queremos para nós ou sermos simples espectadores de um cenário que indiretamente é também escolhido por nós e que vivemos suas consequencias, muitas vezes insatisfeitos e vitimizados por nós mesmos.
Então, olhamos para trás e avaliamos nossas escolhas e vivências. De algumas, nos arrependemos por termos vivido, já de outras, por termos “esquecido” de viver; algumas covardes em investir, ou mesmo ponderados demais pra se deixar envolver. A vida é assim, pois embora, durante o nosso percurso existencial, muito de nós morra simbolicamente no decorrer dos anos para que nos adaptemos a uma nova realidade, tudo muda, mas nunca deixamos de ser nós mesmos em essência.
Misteriosamente encontraremos sempre, quando quisermos, na memória, cada fase vivida. E se quisermos, encontraremos sempre uma folha em branco pra escrevermos uma nova estória. Basta sabermos que podemos.
E podemos.
Para refletir:
A vida é processo criativo em constantes mudanças. O mais importante é nao vivenciarmos as “estaçoes da vida” de qualquer jeito, pois um dia, elas serao as suas lembranças.
Abraços transmutadores,
Soraya Rodrigues de Aragao
Nota: Os Direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei Lei 9.610 . A violação desses direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, citando o autor, bem como a fonte.
Linda e profunda msg Soraya…Parabens pela profundidade…
Eu que agradeço a visita. Seja sempre bem vindo (a). 🙂
Soraya, minha proposta continua: Assuma via Cedeppe as relações entre pessoas do grupo e pessoas de empresas