Todos sentimos necessidade de amar e de ser amados. Estamos incessantemente em busca do amor. Muitas vezes esta procura se traduz na necessidade de aprovação e aceitação dos outros. Muitas vezes buscamos o outro impulsionado pela carência ou sede de afeto. Às vezes penso que estamos constantemente encontrando subterfúgios para nos escondermos de nós mesmos em outras pessoas, como em uma espécie de negociação ou troca para preenchermos nosso vazio existencial. Precisamos desenvolver a capacidade de amar para construirmos um mundo melhor, para usufruirmos da verdadeira felicidade, aquela tão almejada.
Foto de Hassan OUAJBIR no Pexels
O caminho para a felicidade genuína deve necessariamente passar pela ponte amorosa da vida, onde porventura poderemos encontrar o nosso pote de ouro por detrás do arco-íris. Mas como toda passagem, esta consiste em riscos e no desapego de alguns pertences para proporcionar uma vida mais leve e cheia de sentido, pois amor é sobretudo renúncia.
O amor é difícil de explicar porque ele transcende qualquer entendimento e explicação humana. No entanto, o amor perpassa todas as fronteiras, não existindo limites ou arestas. A ponte que nos leva ao amor pressupõe renúncias para iniciarmos daquele ponto de partida uma trajetória com mais sentido e sabor, através de um estado de consciência profunda no amago do aconchego e das caricias da vida. O amor é o raio de luz que dissipa as sombras, é o bálsamo da alma. Isso porque o amor é milagre que atinge todos os corações como uma chama que aquece e dissolve o gelo da raiva, da intolerância, da indiferença e da falta de perdão. E, sendo assim, que seja bem-vindo todo tipo de amor, pois não existe um melhor que o outro, apenas manifestações de amores em matizes de um caleidoscópio.
Autora
Soraya Rodrigues de Aragão
Psicóloga, Psicotraumatologista, Expert em Medicina Psicossomática e Psicologia da Saúde. Autora em 4 livros publicados. Escritora em vários portais, jornais e revistas no Brasil e exterior.
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