A vida de qualquer ser humano é uma peregrinação de infindáveis términos e recomeços, de oportunidades que dizem adeus, enquanto outras surgem. Geralmente é complicado deixar o ninho mimetizado, nocivo e sem perspectivas, contraditoriamente seguro, pois nos é conhecido e aparentemente controlável.

Muitas vezes, escolhemos permanecer em nossa zona de conforto, embora sombria, do que nos aventurarmos em busca de uma nova estrada. Sim, o desconhecido nos causa insegurança e medo, mas também nos presenteia a oportunidade primacial de experimentar, evoluir, crescer e renascer e não apenas sobreviver.

Despertar para uma vida nova e iniciar uma dinâmica de renovação não é um processo fácil, nem simples. No entanto, viver insatisfeitos na mediocridade, em que algo não faz mais sentido, onde entre os abrolhos do jardim da vida não se brota sequer uma flor, é sinal de auto negligencia e falta de amor próprio. A vida é curta e frágil, sendo imprescindível valorizar cada minuto o que a existência nos oferta.

Cada minuto…O tempo passa! E você? O que viveu? Como viveu?

Caso esteja insatisfeito com sua vida atual, lembre-se que não temos o controle de tudo, mas com inteligência, estratégia e sabedoria sempre poderemos “dar a volta por cima” e modelarmos uma vida nova, para nos granjearmos sentir o gosto doce da felicidade, para nos despojarmos do peso das seqüelas dos sofrimentos e abrirmos os braços para uma nova vida, apesar das cicatrizes.

Cicatrizes são para os lutadores, os fortes!

As cicatrizes fazem parte da nossa jornada de lutas sobrevividas. Não precisamos tentar esconde-las, elas são nossos troféus, são a marca indelével das nossas resistências, da nossa gana, da nossa garra, da nossa coragem, dos nossos aprendizados e vitórias. Elas fazem parte da nossa vida, não nos permitindo esquecer que diante das resistências não nos opomos aos reveses e que diante das adversidades não abandonamos o campo de batalha. Nunca!

Leia também: Cheguei a uma fase ue cansei de me enganar

 

É necessário (re)começar, mesmo trazendo o “velho” embutido no novo. E na maioria das vezes é assim que acontece.

A vida é algo valioso e para se viver bem um sussurro de vento não é suficiente. Existe uma intensidade expressa na vida que transborda a alma cada vez que recomeçamos, que renascemos.

Que em sua ambigüidade, a vida enterneça ou borbulhe. Que evapore. Que transmute. Que floresça. Melhor a ventania das grandes tempestades que arrancam as mais profundas raízes que viver na exigüidade de uma vida “(in)satisfatória” e sem sentido. Permanecer com raízes podres arruínam o terreno e o mais que vier. Melhor que sejam arrancadas e que um arco-íris nos seja outorgado. E que assim seja a vida: com sabor de eternidade em um instante que nunca cessa, pois recomeçar é uma necessidade, e felizmente em algumas circunstâncias é a opção que nos resta naquele momento.

Abraços transmutadores,
Soraya Rodrigues de Aragão

Autora
Soraya Rodrigues de Aragão
Psicóloga, Psicotraumatologista, Expert em Medicina Psicossomática e Psicologia da Saúde. Autora em 4 livros publicados. Escritora em vários portais, jornais e revistas no Brasil e exterior.

Nosso Instagram

Marcar uma Consulta

error: O conteúdo está protegido!!!
× Agendamento online