As nossas experiências de vida nos mostram constantemente o quanto a amorosidade tem o poder de transformar nossa qualidade de vida e consequentemente promover cura em nossos corações. A capacidade de acolhimento e cura através do amor são factíveis, visto que, através dos comportamentos de doação e sentimentos de aceitação, podemos constatar uma transformação das emoções “disfuncionais”, melhorando o nosso bem estar, bem como de padrões destrutivos, que pioram nossas relações interpessoais. O amor aumenta o sistema imunológico e até mesmo promove a cura de doenças.

O amor é remédio para todos os fins, não tem efeitos colaterais, nem contraindicações. O amor tem a capacidade miraculosa de curar feridas do passado, de acolher nossa criança interior e seus machucados. Amar é perceber e sentir como a criança que fomos um dia, sem apegos e condicionamentos, doando o melhor de si e apreciando as coisas mais simples que a vida pode nos oferecer.

O resultado de desequilíbrios emocionais apresentam explicação psicofísica e bioquímica: atitudes de amor irão atuar diretamente em nosso sistema de defesa do organismo. Este sistema pode ser condicionado a partir dos nossos “estados mentais”, favorecendo ou dificultando a defesa do nosso corpo de agentes externos invasores e nocivos. O amor tem o poder de promover a recuperação de nossas células de maneira veloz e eficaz. O amor rejuvenesce, acalma, acolhe, aconchega, liberta, abranda o coração, diviniza a nossa humanidade.

As pessoas sempre têm procurado dirimir questões conflituosas geradas direta ou indiretamente por elas, utilizando a força, o confronto e o conflito. E como em um ciclo vicioso que se retroalimenta, essa postura resultará em mais conflitos, discordância, indiferença, dentre outros malefícios que nos levam inevitavelmente a doenças de ordem física e emocional, a uma posição de descrença perante às pessoas e à vida. O mundo sempre viveu a crise da falta de amor, de empatia, e compaixão. Desde tempos remotos, o homem nunca soube lidar de maneira eficiente com seus conflitos individuais, levando-os para seus relacionamentos interpessoais. O egoísmo e a arrogância imperam e se revelam nos desentendimentos interpessoais de todos os tipos.

Tudo isto pode parecer muito simples em um primeiro momento. No entanto, a questão é complexa, pois quando o assunto é amor, não existe uma técnica específica e eficiente para fazê-lo crescer em cada coração e direcioná-lo para a sua vivència plena no dia a dia de cada um de nós. Precisamos internalizar o amor, interpretar os acontecimentos com os olhos do amor e viver uma vida através das lentes do amor. Esta “disposição de espírito” é o substrato para a superação de adversidades, para usufruirmos através da força deste poder, recuperarmos e regenerarmos nossas vidas. Nenhuma força física ou emocional apresentam as características e os resultados da força amorosa, mas para que esta força possa ser internalizada e vivenciada, é imprescindível descortinar questões que estão por trás dos véus que impedem a materialização do amor como realidade ativa em nossas vidas, pois corroboro que o egoísmo, a vaidade, a arrogância e a falta de empatia são os maiores entraves.

Deste modo, é tão necessário, vivenciarmos o amor em nossas vidas como o ar que respiramos, como o alimento que ingerimos, como qualquer outro sentimento que norteia as nossas vidas. Contudo, reiteramos em não vivenciá-lo e embora este seja estruturante, o relegamos muitas vezes para um segundo plano.

Como podemos preterir diariamente o que é importante, primordial e essencial?
O que estamos fazendo de nossas vidas?
Sem amor não há vida.
Feliz Natal.

Abraços transmutadores,
Soraya Rodrigues de Aragão

Crédito das imagens: Pixabay

Autora
Soraya Rodrigues de Aragão
Psicóloga, Psicotraumatologista, Expert em Medicina Psicossomática e Psicologia da Saúde. Autora em 4 livros publicados. Escritora em vários portais, jornais e revistas no Brasil e exterior.

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