Inteligência emocional não deveria ser “artigo de luxo”, algo a ser deixado em ultimo plano e sim a primeira habilidade a ser conquistada, a ser levada à sério, a ser treinada e elaborada.

Não adianta muito usar o melhor perfume, a roupa de grife, a maquiagem impecável, o carro da moda, a jóia cara, as melhores bolsas e o salto alto, se mudanças comportamentais não foram empreendidas, se habilidades socioemocionais não foram desenvolvidas.

Não adianta muito usar da etiqueta formal e cerimonial, do melhor terno, do nó impecável da gravata, de palavras treinadas, da postura ereta, do treino no andar, de como se sentar, de qual talher usar, se ainda não ocorreu uma mudança real, não somente em momentos específicos, mas principalmente aquela mudança de dentro para fora, mantenedora de um bom relacionamento saudável consigo e com os demais em qualquer momento e em qualquer lugar.

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Não adianta muito ter conhecimento, saber como o mundo funciona lá fora, de quantos lugares do mundo visitou, se a pessoa não tem autoconhecimento, se uma viagem interna não foi empreendida. De pouco adianta se ainda não sabe como ela mesma funciona, se não sabe identificar, nomear e administrar suas emoções e seus sentimentos, quais seus esquemas ativados, quais necessidades emocionais não foram atendidas, as vulnerabilidades que impedem seu progresso enquanto pessoa, seus anseios mais profundos, o porquê de se comportar ou não de determinada maneira, de quais aspectos precisam ser melhorados, daquilo que dentro de si requer investimento e observação e do que precisa ser potencializado.

Não adianta muito dizer que tem muitos amigos, se a pessoa não aprendeu a alimentar uma verdadeira amizade, a se colocar no lugar do outro, a aceitar o diferente, a ter empatia, e mesmo que não haja concordância com suas motivações, comportamentos e atitudes, ter a compreensão de que o outro também está em seu processo evolutivo, cabendo a ela avaliar se esta pessoa compartilha (ou não) dos mesmos valores de vida e se continuará ou não ao seu lado.

O que quero dizer até aqui é que Inteligência emocional deveria ser prioridade. Inteligência é muito mais que conhecimento, é como uma pessoa se comporta diante da vida, de como se relaciona com as pessoas, da postura diante dos desafios, de como maneja suas emoções, de como analisa e enfrenta a vida.

Não que as primeiras coisas não sejam importantes, mas precisamos compreender que não são os adornos, mas sim a essência que fazem a diferença.

 

Autora
Soraya Rodrigues de Aragão
Psicóloga, Psicotraumatologista, Expert em Medicina Psicossomática e Psicologia da Saúde. Autora em 4 livros publicados. Escritora em vários portais, jornais e revistas no Brasil e exterior.

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